Pequena empresa vai ganhar ambiente virtual de negócios

 

Pequena empresa vai ganhar ambiente virtual de negócios

Pequena empresa vai ganhar ambiente virtual de negócios

 

Proposta elaborada pelo governo federal pretende aumentar o mercado disponível para os empreendedores

Daniel Fernandes

Micro e pequenos empreendedores ganharão em breve um portal na internet para catalogar seus produtos e serviços. A ferramenta pretende ampliar o mercado disponível para as empresas de pequeno porte. A proposta, ainda em formatação, é que essa espécie de praça eletrônica de negócios funcione no mesmo ambiente online que deverá ser usado por quem pretende abrir um negócio no País.

De acordo com material apresentado à presidente Dilma Rousseff pelo ministro Guilherme Afif Domingos, responsável pela coordenação de políticas públicas para o segmento na Secretaria da Micro e Pequena Empresa, o governo federal possui dados cadastrais de todas as empresas, mas falta criar um ambiente no qual as informações de produtos e serviços possam ser coletados e divulgados. O sistema que abrigará esse portal e que servirá de base para o registro de empresas no País, diz, estará pronto em junho – a adesão ficará sob responsabilidade de cada estado.

O governo calcula que o País conta com 8,2 milhões de micro e pequenos negócios – 3,6 milhões são microempreendedores individuais (MEI). O governo federal também pretende dar a mesma visibilidade aos artesãos, para isso, vai fazer uso de 27 caminhões que transportarão para grandes feiras do segmento os produtos elaborados por esses profissionais. Ainda há o projeto de organizar uma grande feira do setor, que aconteceria na cidade de São Paulo, em dezembro, para fomentar as vendas durante o período que antecede o Natal.

Dois especialistas ouvidos pelo Estadão creditam como positiva a iniciativa pretendida pelo governo. “É uma coisa simples, mas que funciona”, afirmou Tales Andreassi, coordenador do centro de estudos em empreendedorismo e novos negócios da FGV-SP. Andreassi usa como parâmetro de comparação o programa 10.000 Mulheres, que visa dar educação em administração e gestão de negócios para o público feminino, e que adota ação semelhante. “O empreendedor, muitas vezes, não tem dinheiro para (montar) o site. E ele pode usar (essa ferramenta) como referência.”

Edson Sadao, professor de empreendedorismo da FEI e da Fecap, faz uma importante ressalva. “Se for uma plataforma participativa, que leve em conta as diferenças regionais, é interessante”, destaca

Propostas. O novo ano é decisivo para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, enfim, tirar do papel uma série de projetos considerados importantes para melhorar o cotidiano dos empreendedores brasileiros. Um deles, já anunciado no ano passado, acaba com a substituição tributária, que segundo o governo elimina os efeitos positivos do Simples Nacional e reduz o capital de giro das empresas de pequeno porte.

O governo federal também acredita ser possível criar uma rede simplificada de abertura e fechamento de empresas no País – totalmente online, garantido por meio de certificação digital e operado por meio das juntas comerciais que funcionam nos estados.

Outro projeto é universalizar o Simples Nacional e adotar a classificação pelo porte da empresa e não mais pela atividade. Isso permitiria, por exemplo, a toda empresa atualmente com faturamento de até R$ 3,6 milhões anuais ingressar nesse sistema tributário diferenciado.

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

 

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